Ministério anula pergunta errada
Segundo o DN, o Ministério da Educação (ME) decidiu ontem anular uma das questões do exame de Física e Química A (715), do secundário, que continha erros, compensando os alunos que fizeram a prova com um acerto na classificação.
Em comunicado, o ME esclarece que "no item 4.2.1, na alínea D da versão 1, e na alínea B da versão 2 [da prova 715] a figura apresenta uma incorrecção que inviabiliza a concretização de uma resposta correcta". Por isso, decidiu que a questão em causa já não conta e que a classificação final dos examinandos é "majorada com o factor 1,0417", para evitar que estes sejam penalizados na classificação final. Por outras palavras, a nota obtida (sem a cotação da pergunta) é multiplicada por esse valor.
Rui Nunes, assessor do ME, desvalorizou o incidente. Está a cumprir o seu «dever» de assessor, para manter o lugar e subir na carreira política.
Onde está a coerência do ministério que deveria ensinar os nossos jovens a serem gente responsável e séria? Por um lado castiga-se severamente o Dr. Fernando Charrua, que não é do partido, por ter dito umas graçolas que não prejudicam ninguém, nem sequer o próprio visado, e a ministra concorda e até recompensa a D. Margarida defensora fiel dos «valores» do partido. Por outro lado alguém, pago para elaborar as provas de exame, cometeu um erro que prejudicou todo o sistema do ensino, todos os alunos que fizeram o exame, e não é submetido a processo disciplinar nem é punido. Por outro lado ainda, os alunos que cometem erros nos exames são prejudicados nas suas classificações. Como se compreende que o professor que errou fique impune? Será um incondicional do partido, como a D. Margarida? Será um boy que interessa ser protegido pelo partido e que foi nomeado para elaborar as provas, não devido à sua competência mas pela sua devoção ao partido ou pela disponibilidade para a delação de charruas?
Errar pode acontecer ao mais competente, mas isso não impede que sofra as consequências.
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
23 de junho de 2007
Ministério da Educação e ambiguidades
Autor: A. João Soares às 09:53
Tópicos: Educação, Impunidade, Irresponsabilidade
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4 mentiras:
Isto os castigos só se aplicam a alguns
Caro RB,
O castigo nem sempre é o essencial, embora quando existem devem ser justos, proporcionais e equitativos.
Mas há neste caso um grande irresponsabilidade. Em qualquer indústria, um operário depois de montar uma máquina faz a experiência para ver se o trabalho ficou perfeito, se funciona. Neste caso, o mínimo que se exige é que o professor, depois de fazer o conjunto da prova, verifique se é realizável e dentro do tempo dado. Um professor com sentido da responsabilidade, não deixa que o exame contenha uma pergunta a que não é possível dar resposta.
Isto não é desculpável nem na república das bananas!!
Abraço
mas como sempre, quem não tem culpa é que sai prejudicado! e esses vão ser especialmente os alunos que vão fazer exame apenas na 2ª fase. pode ser que hajam uns erros por lá, quem sabe... e depois também seja aplicada uma regra de três simples para subir a nota...
Cara Sapiens,
Este caso aliado a muitos outros fazem-me pensar que nós, portugueses, talvez não merecêssemos ser um País independente. Por vezes, quero convencer-me de que isto é passageiro e havemos de melhorar a nossa performance, mas logo vem outra notícia e outra a provar que nada há a fazer.
Vou continuar a esforçar-me por ser optimmista, mas já estou muito cansado desse esforço.
Um abraço
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