Muitas pessoas não se importam de ser mal tratadas, acham que se vão escapando por si sós, pobres diabos. A base da política portuguesa actual é "dividir para reinar" a fim de que a corrupção continue em vigor e que dela os corruptos possam tirar partido, vigarizar, parasitar.
O povo, anestesiado pelos corruptos e mantido numa profunda ignorância por jornaleiros nojentos que encobrem e não contam como se passa de verdade em países democráticos – só revelam maus exemplos, como de Espanha e um ou outro bom, mas sem grande valor ou utilidade, para despistar. O povo ainda não compreendeu o que fez as outras nações atingirem a democracia, porque corruptos não são só os políticos portugueses. O problema está em mantê-los de rédea curta.
Por exemplo, nunca ninguém aqui contou ou ouviu sobre a enorme corrupção dos políticos ligada a tudo o que desse dinheiro e alvíssaras por actos corruptos, desde a década de 1970 até princípios da de 1990, na Irlanda. Ninguém sabe como o povo se uniu e agiu até domesticar os políticos, nem como a polícia os caçou e levou a tribunal. Os casos de corrupção de tipo até certo ponto idênticos aos que há em Portugal, excepto na usurpação de cargos da administração pelos partidos, abundavam. Até o primeiro-ministro estava implicado, foi julgado e condenado. Foi uma razia e meteram os políticos no seu lugar. Nisto não se fala porque incitaria os carneiros a acabar com a sua exploração pelos nefandos.
O que se passou em Portugal e o que originou a situação actual está historicamente contado no
Site da Mentira! Não defende nem ataca nenhum partido em especial, limita-se a narrar os acontecimentos. Tal como ocorreram, mas que até hoje têm permanecido escondidos para não afectarem quem lucra com a corrupção – os próprios corruptos.
Há dois pontos fulcrais que devem ser corrigidos em primeiro lugar e sem os quais nada mudará. Porque são eles a base para que qualquer coisa mais do que mínima possa mudar. Ambos com a mesma importância e prioridade:
- O estabelecimento no limite máximo das pensões de reforma, não permitindo aglomerações; isto existe há décadas nos outros países europeus, na maioria já desde a implementação dos seus sistemas de pensões.
- Os cargos públicos passarem a ser "cargos públicos"; acabar de vez com os assaltos a esses cargos pelos miseráveis parasitas militantes dos partidos cada vez que um governo é substituído, como se fossem despojos de guerra. Sem que os serviços da administração sejam dirigidos por indivíduos competentes que ganhem os postos por mérito reconhecido por concurso público e sem corrupção, nada poderá mudar na administração pública ou do Estado.
Há outras soluções necessárias para uma melhoria da situação e o extermínio da corrupção que tudo destrói neste país em benefício duma classe oligárquica de mafiosos e salteadores que roubam o estado descaradamente, mas estas são as mais urgentes. Outras também são altamente necessárias, tais como a redução do número de parasitas, o número de ministros, secretários e assessores – cerca do triplo do tempo do malfadado Estado Novo –, mas as primeiramente enunciadas são as principais e o começo indispensável.
Tudo o resto é atirar areia aos nossos olhos. Promessas, mezinhas, falar em emprego, em tecnologia, e tudo isso, não passa duma treta de miseráveis vigaristas, inútil sem que antes se comece pelo essencial. Parlota para entreter e enganar os eleitores, fazê-los tomar causa pelos partidos, dividi-los para que não se unam contra a corrupção que lhes convém, de que vivem. Veja-se um texto mais extenso sobre o mesmo tópico.
5 mentiras:
Gosto da estrutura deste texto. Não diz mal, apenas apontando o problema, e, o que é essencial, diz qual é a solução, indica o caminho para uma administração saudável. Está aqui o trabalho que devia ser feito pelos assessores, mas estes, como são demasiados em número nem têm tempo para fazer uma análise isenta e imparcial. Sem as alterações aqui sugeridas Portugal não pode ir longe. Mas com reparos como este, feitos com perseverança e esperança nos seus efeitos a longo prazo, há-de fazer-se a restauração da dignidade nacional.
Por isso, força Amigo, não esmoreça.
Um abraço
http://asinistraministra.blogspot.com/2007/06/repugnncia-nojo-repulsa-so-os.html
Peço desculpa pelo link da sinistra estar aí tão desamparado ...
Podentro, andaste em campanha? LOL Já vi este link nalguns lugares hoje e entendo ... remete para um texto da Maria Lisboa que é realmente algo aterrador ...
Pelo desculpa pelo descontexto deste meu comentário!
Livra, que aqui bate-se bem!...
Força, que avisar é preciso!
Saudações.
Jorge G
Cito Errico Malatesta:
A anarquia é a abolição do roubo e da opressão do homem pelo homem
...é a destruição da miséria, da superstição e do ódio.
...Cada mentira desvelada, cada esforço tendente a elevar a consciência popular e a aumentar o espírito de solidariedade e de iniciativa, assim como a igualar as condições de vida, é um passo rumo à anarquia".
Há mais de um século, e tudo está (quase) com dantes!
Um abraço Pro-A
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