A estupidez dos portugueses cresce a olhos vistos com o emprenharem pelos ouvidos. A pouco e pouco, até aqueles que aconselhavam o voto em branco ou apoiavam a Democracia Directa – movimento condenado à morte devido à falta de consciência, discernimento e inteligência nacional – aconselham agora a saber escolher em quem se deve votar! Será possível ser-se mais idiota?
A prova da idiotice não surgiu com as eleições. Há muito que os mesmos se esforçam por a demonstrar. O lixo que espalham pelas caixas de correio não é novo, só o género mudou por uns tempos. Não fazem como em todo o mundo, escrevendo as suas ideias num blog lido por quem o desejar. Compraram um computador e acreditaram pia e tolamente ser um brinquedo cuja única utilidade era a de lhes permitir impingir as suas ideias deformadas a quem quer que fosse. Pensam que isso é comunicar sem jamais terem estabelecido relações de comunicação com gente de outros países. Tampouco vão ver o que se passa na imprensa internacional e continuam a ignorar tudo o que a jornaleirada esconde. Não se interessam em conhecer e aprender o que quer que seja sobre o mundo em que vivem. O computador, para a maioria dos portugueses não passa dum instrumento para incomodar os outros com as suas idiotices diárias que pretendem embutir nos seus semelhantes. Em conjunto com os brasileiros deve ser um caso único mundial. Único no atraso, como sempre. Povos embrutecidos que se vedam qualquer avanço, tal como o provam repetidamente nas urnas. Têm o que merecem, aquilo por que votam e, sobretudo, o que aceitam.
O português típico de hoje propenso a criticar tanto o que está mal como bem, mas incapaz de tomar qualquer acção (só bla-bla-bla); em apoiar o que está mal sem ser capaz de usar o seu cérebro raquítico. É presa fácil do marketing político (ou não) sem escrúpulos. Vive na cauda de tudo, como merece.
Para nos darem estes conselhos de mentecaptos, enchem-nos as caixas de e-mail com lixo podre contendo múltiplos exemplos. Só que, pobres aldrabões baratos, os exemplos de cada e-mail individual só pesam para um lado quando o mal este em todos. São mal dizentes, têm esse valor. Lógico que para quem quisesse votar sem ser em branco, o melhor seria fazê-lo sem ser instruido por vigaristas obtusos.
Nos dias que se vivem não há partido isento de criminalidade política que por vezes atinge o próprio crime de sangue ou equivalente (como o Cavaco ou o Sócrates). O mal não está nos partidos, pedras basilares para o jogo da democracia – quando ela existe e não é apenas aparente, como em Portugal –, mas nos que os compõem, os criminosos que só merecem ser corridos e presos. Que credibilidade atribuir a quem critique uma parte deles e dê carta-branca aos restantes assassinos? Que conselhos, pois, nos podem dar esses hipócritas com as baboseiras que nos escrevem? Quem lhes pede a opinião? Contudo, as críticas falsas, quer dum lado quer doutro, são bem fáceis de distinguir.
Estas eleições, mais do que a corrupção, a maledicência e o vale tudo na luta pelo tacho imerecido dos burlões políticos, patenteiam o estado mental da população nacional.
Por outro lado, recebemos uma incrível desinformação constante pela parte jornaleirista. Quem quer que o desconheça, saiba que à parte a segunda estrumeira maior da União Europeia a seguir à nossa, o nosso vizinho indesejável e selvagem, nunca existiu nem houve um país em que os noticiários só falam sem parar nos porcos dos parasitas políticos e suas oligarquias mafiosas durante eleições como cá. Deve ir para o livro do Guineess. Quanto mais importância se der a essa corja pior nos farão; nos países civilizados e avançados conhecem-no bem e por isso não se vê esta palhaçada constante. Contrariamente aos países que avançam, o que interessa aos portugueses não é um programa governamental para nele se votar; é a vigarice, a maledicência, a difamação, a mordacidade, a calúnia, a má-língua e todas as qualidades de malvados que caracterizam a cambada de todos os nossos queridos políticos. São estes sentimentos de cloaca que fazem vibrar os eméritos burros dos eleitores portugueses.
É nesta cambada que querem que votemos? Todos os votos que eles receberem só podem obtê-los por atraso e defiência mental de quem neles votar.
Não obstante e embora seja impossível dar uma sugestão honesta de voto na conjuntura actual, há factos – e não ideias ou opiniões, nem qualquer história reescrita à laia do Fernando Rosas – demonstrados pela história e consagrados na liguística mundial, que podem ser verificados por quem quer que simplesmente consulte um dicionário. São os vocábulos direita e esquerda. Basicamente, a direita é conservadora, anti-progressista e favorece os mais ricos em desfavor dos mais pobres; a esquerda é progressista e favorece a igualdade. Certamente, há muitas direitas e muitas esquerdas, pelo que a partir daqui se podem fazer várias sínteses, todas elas, porém, sobre as mesmas duas bases. Embora ambos os termos actuais tenham a sua origem nos governos que se seguiram à Revolução Francesa, a ideia-princípio sempre existiu por si mesma. Alguns exemplos da nossa história demonstram as diferenças. Os nossos reis que diminuíram o poder da nobreza de então em favor das populações foram reis de esquerda, se assim se pode dizer, pelo menos na aplicação do princípio. Foram esses poucos que fizeram progredir o país. Sempre assim foi. As lutas Miguelistas pelo poder absoluto contra a Carta Constitucional (o embrião da Constituição e da democracia que terminou em 5-10-1910) apoiada Por D. Pedro IV e por sua filha D. Maria II, idem. Exemplos não faltam.
Um povo desmiolado e corrupto, pelo que aceita o inédito assalto da corja partidária aos lugares de administração pública a cada mudança de governo sem dar um pio. A sobreposição da raiva partidaria aos verdadeiros interesses pessoais promove a corrupoção e dá aos corruptos todos os meios para assegurar a sua continuidade com êxito e impunidade. Melhor prova de estupidez crassa?
Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.
26 de setembro de 2009
A Grande Fantochada
Autor: Mentiroso às 01:23
Tópicos: Abdicação cívica, Atraso, Corrupção, Credibilidade, Crime compensa
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 mentiras:
Não se compreende quem vote no Sócrates depois de tudo o que ocorreu nestes 4 últimos anos. Mas ainda menos se compreende quem vote na MFL depois das provas dadas em 4 anos de ministra das finanças e outros 4 na educação. Deixou ambas como se sabe.
Encontrei a MENTIRA por acaso, nos contos da avó Mizita, que muito me tem feito rir. Para minha sorte encontro mais um PALHAÇADA para rir mais um bocado.
Obrigada
Mara
Cara Mara,
Também aprecio imenso os contos da Avó Mizita. A autora é bem dotada; não só conta histórias interessantes como tem um jeito fenomenal para as contar. Obrigado e um abraço.
Enviar um comentário